Compulsivo, emocional ou extensivo? Com ajuda da neurociência é possível descobrir em qual perfil você se enquadra e se livrar dos quilos extras.

Você sabia que a gula nem sempre é a culpada por aquela barra de chocolate que você devora todos os dias depois do almoço? Pelo menos é isso que diz a neurociência cognitiva e comportamental. Para esses especialistas, existem três tipos de gulosos (ops, de comedores): os compulsivos, os emocionais e os extensivos – é o que informa o artigo escrito por Natália Leão na Revista GQ Brasil, em julho/17. Sabendo em qual deles você se enquadra, seria mais fácil definir a melhor estratégia para emagrecer

Programas de treinamento mental de emagrecimento, como o Fit4mind, analisam seu tipo de cérebro para definir a estratégia de emagrecimento. Ah, ainda existem os tipos mistos! E aí, que tipo de comedor é você?

Compulsivo

Segundo o professor e criador do Fit4Mind, Leandro Rhein, o comedor compulsivo é aquele que geralmente “come o tempo todo”, uma vez que seu centro de saciedade não atinge um nível satisfatório. Ele está insatisfeito com o próprio corpo e busca uma compensação na comida, o que o faz sentir-se culpado. Com isso, ele se “compensa” comendo, gerando um perigoso círculo vicioso.

Aqueles que comem exageradamente, por não terem saciedade, estão comprometidos bioquimicamente e relacionados ao “brainfeed” (alimentação do centro de saciedade do cérebro). A doença se caracteriza basicamente pelo hábito de ingerir grandes quantidades de alimentos em um curto período de tempo. Durante esses episódios, as pessoas comem mais rápido do que o habitual e sentem vergonha e culpa no fim. Alguns comedores compulsivos relatam que a sensação é a de que não são eles que fazem aquilo.

Para o sucesso de seu plano alimentar, é necessário adequá-los a uma dieta que mexa com sua disposição. Precisam aprender a controlar seu índice glicêmico e a consumir alimentos saudáveis que o façam salivar instantaneamente. Sugere-se uma alta ingestão de proteínas.

Emocional

É aquele que quando está feliz ou triste, come, justamente por possuir altas taxas de liberação do hormônio cortisol (do estresse). Geralmente tem uma alta taxa de retenção líquida. “Esses comedores têm uma ligeira preguiça natural ao se movimentar e realizar exercícios físicos, altas taxas de ansiedade e, por isso, a dieta deve ser feita em esquemas diferentes aos tradicionais de três em três horas e o exercício físico é uma obrigação”.

O excesso de cortisol, desencadeado principalmente pelo estresse, faz as glândulas suprarrenais trabalharem mais e, em excesso, provocam retenção de líquido e acúmulo de gordura. Outro efeito negativo do cortisol é que ele ativa o sistema de recompensa do cérebro que atua no controle e no gasto do acúmulo energético e no metabolismo de açúcares e gorduras. Se estimulado constantemente, como acontece no caso de estresse crônico, gera aumento de apetite e alterações que facilitam o armazenamento de gordura. Outro agravante é que o cortisol é capaz de modificar o paladar. Pessoas estressadas tendem a buscar conforto em alimentos calóricos e gordurosos, como bolos e frituras.

Extensivo

Ele come o tempo todo, a comida passa a ser uma companheira e é acessada a todo momento, e em todas as circunstâncias. Algumas vezes, ele assalta a geladeira para saciar essa carência de companhia.

Bioquimicamente os extensivos precisam se alimentar constantemente. Eles se saciam, mas rapidamente estão com fome novamente. Como são visuais, tendem a comer com os olhos e não têm preferência entre doce ou salgado. Depois do primeiro pedaço, para eles, é quase impossível parar de comer. “Este tipo de paciente tem que comer em regimes alimentares a cada três horas e as refeições devem ser esteticamente bonitas para que comam com os olhos também”.

Fonte: Site Revista GQ Brasil, em 04/07/2017.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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